Dualidade

Todo o mundo é feito de dualidades: o dia e a noite, o bem e o mal, a luz e a sombra, o divino e o diabólico, tudo habitando no Universo que nos gerou, tudo existindo em harmonia. Por vezes, sentimo-nos mais um que outro, mais yin ou mais yang. Mas será que devemos ficar-nos por esta visão maniqueísta das nossas acções? Se formos mais sombrios devemos ter a sensação que falhámos algures? Eu acho que não.

A própria essência da vida traz dualidades que devemos gerir e dosear, mas nunca atingimos a perfeição do Universo, ou seríamos iluminados, e tal bodichavas (não sei se é assim que se escreve), estaríamos acompanhando outros seres na sua ascensão à plenitude.

Por isso, ficar pensando se estamos seguindo o caminho certo, se devíamos optar por outro, se este é o do lado sombrio e aquele o da luz... Na maior parte dos casos, só o sabemos quando concluímos a caminhada e em vez de se arrepender ou ter remorsos, devemos reflectir e aprender.

É algo difícil e ligado ao livre-arbítrio e apenas nós podemos decidir, seguindo a intuição. Agora falhar? Isso tenho a certeza que não acontecerá.

E como sabem não estão sozinha. Forças poderosas vos acompanham, vos guiam. Perguntem-lhes, peçam orientações. Sei que nem sempre é fácil reconhecê-las, interpretá-las, mas agir é o mais adequado e não ficar à espera que o façam por nós. Por isso, quando vêem a balança, pendendo para um lado, não desanimem, apenas sigam a intuição e ajam com segurança.

(Imagem da net, mas acho que é uma estátua de Rodin)