Ainda na Ucrânia!

Sim, ainda estou bem longe de Portugal.

No fim de semana passado fui a Kiev, capital da Ucrânia e confesso que andei perdido, no meio de multidão, chuva e prédios soviéticos do século XX. Perguntei-me várias vezes se a capital tinha algo para se ver. Sinceramente!!

Não há posto de turismo, encontrar alguém que fale inglês ainda é pior (os alunos disseram-me que devia ter mostrado uma nota...). Finalmente, vejo uma drugstore, sim escrito em inglês, onde por baixo dizia "aqui fala-se inglês". Afinal era um empregada que arranhava o inglês e lá me indicou uma zona com hotéis... mal diga-se de passagem, que andei no meio de lama para lá chegar, mas enfim. Pensei que dormiria na rua ou tinha de voltar sem ver nada.

Antes de chegar ao hotel, e por intuição, fui descendo uma avenida que achei que era a principal e dei por mim na Praça da Independência... e GLUB... engoli em seco. As praças são em grande.

Foi aí que comecei a ver as cúpulas douradas das diversas catedrais. Deixo aqui só um cheirinho, porque é impossível retratar aqui todas. Um imagem da Catedral de S. Miguel que só tenho pena ser proíbido tirar fotos dentro das igrejas.

O Dourado por fora não rivaliza com o ouro por dentro. A sério! Sentimo-nos realmente pequenos. Não se compara ao barroco português, é muito diferente.

Bem, no hotel, tinham um mapa, não propriamente daqueles turísticos, mas deu uma ajuda no segundo dia, para saber usar o metro por exemplo.

As viagens de comboio são horríveis. Para Kiev apanhei o expresso: 6h de viagem. No regresso apanhei o que poderei comparar a um inter-regional e demorei 8h, no meio de carpetes. Gostam tanto de carpetes aqui que os corredores nos comboios e os compartimentos têm carpetes. Uma tipo tapete, decorada e uma de pano por cima, mais fácil de lavar. O que me ri por dentro.

O regresso, no comboio mais lento, assemelhava-se ao Sud-Express também. Liga duas cidades bem distantes, Kiev a Sebastopol na Crimeia. Quem ia para essa cidade só lá chegava às 06h16 da manhã e então os compartimentos de 1ª classe (barata comparado com os preços portugueses) têm 4 couchettes, e algumas pessoas andam com roupa mais prática, calças de pijama inclusive e chinelos de quarto.

Enfim, experiências para contar aos netos. Quando disse aos meus alunos que o TGV em França cobria uma distância de 1000 km em pouco mais de três horas, ficaram admirados e disseram que era disso que precisavam. Não devemos esquecer que é um dos maiores países da Europa e que vindo de um país pequeno como Portugal, em que refilamos porque demoramos 3h a chegar ao Porto.

Bom por hoje é tudo e mais uma vez desculpem por não vos visitar, mas num cybercafé, o tempo conta muito.