Fumar e livre arbítrio

Em Janeiro chega a nova lei anti-tabaco, proibindo fumar em vários locais públicos. Mas terá a proibição um efeito positivo?

Se olharmos para outros países, França por exemplo, vários foram os patrões que financiaram programas anti-tabágicos para os seus funcionários. Outros instalaram em varandas cinzeiros e os empregados encasacam-se no inverno para ir fumar um cigarro.

Nos restaurantes será invariavelmente proibido de fumar. Vejamos. Financiar espaços próprios para não fumadores e fumadores, com extracção de ar / sistema de ar condicionado separado é impensável para a maior parte dos donos. Ainda há dias pediam uma linha de crédito ao governo para essas alterações... voltamos ao "subsídiodependente", não percepcionando as vantagens que poderão tê-lo em fazê-lo. O mais certo é começar a ver fumadores à porta de cafés e restaurantes a beber a bica e fumar o cigarro ou de copo de vinho ou whisky na mão. Surrealista? talvez não.

Em que isso tem a ver com a lei do livre arbítrio?

Porque limitam as liberdades dos fumadores e a dos não fumadores não. Deveria ser dada possibilidade ao dono do estabelecimento de escolher se prefere ter um restaurante com fumo ou não. Deveria ser dada possibilidade a uma pessoa se quer estar num ambiente com fumo ou sem fumo, quer ele seja fumador, quer não, etc.

O poder de decisão das pessoas está cada vez mais a ser escamoteado, ferindo-se liberdades individuais sob pretexto das liberdades dos outros. Sempre gostei de uma frase, que não sei quem disse, mas que conheço há muitos anos:

A minha liberdade acaba quando começa a do outro.

Não seria bem melhor legislá-la?

E é o que vos digo!
Um abraço a todos!