Hoje estava demasiado atarefado. Não tive tempo para pensar. Não me lembrei sequer que era dia do ambiente. Estava tão atarefado que não tive tempo de me preocupar. Quis lá saber da torneira que não fechei ao lavar as mãos. Gosto de ouvir a água a correr, relaxa-me.
Com tanta coisa em que pensar hoje que não me preocupei com outras. Para que pensar em disparates. Se encosto para atender o telemóvel, e fico à conversa, para que desligar o motor do carro. Quando o ligar poluo à mesma, não é assim? Não é quando há maior descarga? Não sei, não tive tempo de pensar nisso.
Tantos trabalhos de alunos para ver. Tantas coisas para corrigir, notas para dar, dor de cabeça na certa quando vejo que alunos esperançados não atingiram os mínimos para pelo menos terem positiva. Por isso, por que razão hoje haveria de me chatear se me esqueço da luz acesa quando saio do gabinete?
Fiquei deveras chateado com algumas notas. Alunos que se esforçam, que tentam dar o seu melhor, descuidando-se, ainda assim, no essencial. Lamentos que obviamente me perseguem uns momentos. Não ficam agarrados à secretária, como noutros empregos. Por isso, quero lá saber se hoje tomo banho de imersão para relaxar. Sabe mesmo bem. Um duche, também, com aqueles chuveiros que têm jactos diferentes, mas um banho de imersão... quero lá saber da água a mais, quando se trata de relaxar.
O trabalho não ficou na escola, veio comigo para casa. Muitos não se podem gabar disso. Cheguei tarde, jantei sozinho e estou agora à espera de ver uma série que gosto. Estou sozinho, tv acesa, luz com regulador de intensidade, mas no máximo. Não porque estou a escrever, mas porque me apetece. Acho que hoje mereço não me preocupar com ninharias. Para quê!!??
E daqui pouco vou deitar-me, de consciência tranquila. Bem comigo mesmo. Os outros, hoje que se preocupem. Gente como os que se dão ao trabalho de fazer contas como uma que ouvi no boletim noticioso da Antena 3. Sabiam que a água gasta nas piscinas da Califórnia dava para matar a sede a metade de África? Estranho não é. Tenho impressão que há tempos publiquei uma animação acerca da miniterra. Já nem me lembro. Para quê? Hoje decidi não me preocupar com coisas dessas. Há gente a mais a fazê-lo, a dizer coisas bonitas e a fazer outras feias.
Um abraço a todos. E façam como eu. Sabe tão bem não nos preocuparmos com a herança que deixamos.
Com tanta coisa em que pensar hoje que não me preocupei com outras. Para que pensar em disparates. Se encosto para atender o telemóvel, e fico à conversa, para que desligar o motor do carro. Quando o ligar poluo à mesma, não é assim? Não é quando há maior descarga? Não sei, não tive tempo de pensar nisso.
Tantos trabalhos de alunos para ver. Tantas coisas para corrigir, notas para dar, dor de cabeça na certa quando vejo que alunos esperançados não atingiram os mínimos para pelo menos terem positiva. Por isso, por que razão hoje haveria de me chatear se me esqueço da luz acesa quando saio do gabinete?
Fiquei deveras chateado com algumas notas. Alunos que se esforçam, que tentam dar o seu melhor, descuidando-se, ainda assim, no essencial. Lamentos que obviamente me perseguem uns momentos. Não ficam agarrados à secretária, como noutros empregos. Por isso, quero lá saber se hoje tomo banho de imersão para relaxar. Sabe mesmo bem. Um duche, também, com aqueles chuveiros que têm jactos diferentes, mas um banho de imersão... quero lá saber da água a mais, quando se trata de relaxar.
O trabalho não ficou na escola, veio comigo para casa. Muitos não se podem gabar disso. Cheguei tarde, jantei sozinho e estou agora à espera de ver uma série que gosto. Estou sozinho, tv acesa, luz com regulador de intensidade, mas no máximo. Não porque estou a escrever, mas porque me apetece. Acho que hoje mereço não me preocupar com ninharias. Para quê!!??
E daqui pouco vou deitar-me, de consciência tranquila. Bem comigo mesmo. Os outros, hoje que se preocupem. Gente como os que se dão ao trabalho de fazer contas como uma que ouvi no boletim noticioso da Antena 3. Sabiam que a água gasta nas piscinas da Califórnia dava para matar a sede a metade de África? Estranho não é. Tenho impressão que há tempos publiquei uma animação acerca da miniterra. Já nem me lembro. Para quê? Hoje decidi não me preocupar com coisas dessas. Há gente a mais a fazê-lo, a dizer coisas bonitas e a fazer outras feias.
Um abraço a todos. E façam como eu. Sabe tão bem não nos preocuparmos com a herança que deixamos.
JGuerra
16 comentários:
Belo, belo, belo!!!!
Palavras que gostaria de ter usado hoje no meu blog. De que adianta não estarmos bem conosco mesmo? E outra: sim, temos de fazer nossa parte, mas essas preocupações não deveriam ser somente nossas, mas principalmente das grandes empresas e dos grandes poluidores.
No final, somos cafés pequenos e, mesmo que meu pensamento seja mesquinho, a minha parte politamente correta eu faço sem que me lembrem de datas.
Abraço
Gostei da ironia!...
Um abraço e bons desperdícios.
Olá
não me anda a apetecer escrever ... mas provocaste em mim aquela frase ... " só por hoje ..."
afinal para ti "só por hoje não te preocupas, tas sentado com tudo aceso no máximo, tens uma cara de mau desinteressado dos outros E TAS A SER UM GRANDE MENTIROSO PARA TI MESMO" ... mas as vezes sabe muito bem não é?
1 sorriso mto luminoso e não é só por hoje mas tenho saudades das nossas conversas que espero virem a regressar após esta época intensa de notas dadas e algumas mal recebidas.
Lana
Me fez lembrar de um texto que fala que tinhamos que ser como as árvores que podemos dar volta em torno dela e que ainda assim não nos virava as costas em momento algum.
Ainda que não queira meu amigo te vejo como uma árvore tão consciente de seu papel nesse mundo!
Abraços ...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
que desabafo heim???
ok..ok..
ta no seu direito, mas eu nao concordo q tem muita gente se preocupando cm isso nao , talvez tenha em quantidade, mas nao em qualidade..puf puf
no brasil, tudo vira pizza mesmo!
Oo
ironias, a parte..legal seu post-desabafo!
namastê x*
Olá a todos.
Caro Edson, obviamente que essas preocupações não deviam ser só nossas. As grandes empresas e as grandes nações poluidoras deviam mostrar o exemplo e seguir pelo menos o tratado de Quioto. Mas como obrigar? Ou será que temos de obrigar?
E sim, fui irónico nalguns aspectos. Propositadamente!!
No fundo Lana, não estava a ser um grande mentiroso para mim mesmo. Estava a tentar enganar-me e distrair-me com outras coisas.
Caro Ardeth, obrigado. Fiquei lisongeado com as tuas palavras.
Às vezes sabe tão bem estar no mundo da lua, junto aos selenitas que não se preocupam com nada destas coisas e rir, rir de vontade. Não achas?
Abraço
Olá Caro Amigo
Essa já tinha ouvido falar, o que digo é que isto está tudo mal entregue, eu aproveito tudo...imagina se não aproveitava Sr.Joaquim, dê lá uma espreita...
Um Abraço
Um texto marcadamente irónico!...exposto de forma velada mas apelativo na sua essência...alertar as consciências provocando-as...um doce fim de semana...( obrigada pela tua passagem no meu espaço francês, apreciei imenso o teu com e surpreendeu-me o teu nível de francês!)...beijos.
Caro Zeze... realmente... forte desta vez!
Manuela, não fique tão supreendida. Eu que me rendi ao seu blog em francês. Perdi-lhe foi o link, infelizmente.
Abraço e bom fim de semana.
Amigo... aqui vai o link: lebaladin.canalblog.com (poésies d`une vérité)...beijos.
beijos
Ironia q.b. , penso muitas vezes que raio de herança estamos nós a deixar para aqueles que amamos.
Obrigada pela visita ao meu espaço. Esperoq ue tenhas gostado .
beijinhos e noite feliz
comko eu te entendo....
Excelente, amigo! Continuas a nos brindar com postagens que nos fazem refletir e repensar posições. Esta, com a marca da ironia, simplesmente genial.
Acredito muito naquela fábula do pássaro que tentava apagar um incêndio buscando água de gota em gota. Só que, não é pequeno nosso papel nessa questão ambiental. Sem esperar que somente as grandes corporações ou o governo façam sua parte, cabe a cada um de nós carregar sua gota d'água, pois ela certamente fará uma grande diferença ao final. A obrigação de deixar um mundo habitável para as gerações futuras, sem nenhuma dúvida, é de todos nós.
Fica o abraço, amigo, e os votos de uma semana de grandes realizações.
Em primeiro lugar, obrigado a todos por corresponder à ironia presente no texto.
E sim, que herança deixamos? Não poderemos nós com simples gestos ajudar? Claro que sim.
Abraço
PS: Obrigado Manuel, já anotei.
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