Não é típico do meu blog, confesso, mas não consigo deixar de pensar nisto desde que ouvi o Bubu nas suas "bolas com creme" (Antena 3 Às 09h20) falar do 25 de Abril.
Não respondi aos comentários sobre esse dia, nem comentei os diferentes posts que fui vendo. Ia magicando porquê até ouvir aquele fantástico discurso de um dos humoristas que adoro.
Não é que acho que ele tem razão... e que, desculpem a politiquice..., Cavaco acertou na mouche!
O 25 de Abril foi há uns anos, eu tinha 2 nessa altura e estava bem longe de Portugal e dos seus problemas. Não me recordo de nada, nem de depois. Não era hábito comentar-se política portuguesa à mesa, principalmente quando aquela que dizia directamente respeito ao trabalho, ordenado, benefícios, etc. se governava em Paris.
Mas desde que vivo em Portugal que tenho eu ouvido e visto ano após ano (repetindo-se noutros lugares em dias mais ou menos semelhantes?!) e que o Bubu retraçou muito bem.
Pois bem, todos os anos fazem-se os discursos da praxe, glorifica-se a Democracia, a Liberdade conquistada, a Igualdade de oportunidades. E eu questiono: Será?
Os discursos repentem-se, as acções também e vamos observando e sentindo na pele aquilo que realmente acontece.
Não me quero alongar mais. Apenas peço que não me desejem um bom 1º de Maio, 10 de Junho e afins. Desejem-me antes a renovação do parque político pelos jovens que estão bem longe dessas comemorações porque não lutaram, não sentiram na pele como se, por causa disso, tivessem peçonha e devessem estar fora das comemorações.
Votos! tout cours... Votos!
Não respondi aos comentários sobre esse dia, nem comentei os diferentes posts que fui vendo. Ia magicando porquê até ouvir aquele fantástico discurso de um dos humoristas que adoro.
Não é que acho que ele tem razão... e que, desculpem a politiquice..., Cavaco acertou na mouche!
O 25 de Abril foi há uns anos, eu tinha 2 nessa altura e estava bem longe de Portugal e dos seus problemas. Não me recordo de nada, nem de depois. Não era hábito comentar-se política portuguesa à mesa, principalmente quando aquela que dizia directamente respeito ao trabalho, ordenado, benefícios, etc. se governava em Paris.
Mas desde que vivo em Portugal que tenho eu ouvido e visto ano após ano (repetindo-se noutros lugares em dias mais ou menos semelhantes?!) e que o Bubu retraçou muito bem.
Pois bem, todos os anos fazem-se os discursos da praxe, glorifica-se a Democracia, a Liberdade conquistada, a Igualdade de oportunidades. E eu questiono: Será?
Os discursos repentem-se, as acções também e vamos observando e sentindo na pele aquilo que realmente acontece.
Não me quero alongar mais. Apenas peço que não me desejem um bom 1º de Maio, 10 de Junho e afins. Desejem-me antes a renovação do parque político pelos jovens que estão bem longe dessas comemorações porque não lutaram, não sentiram na pele como se, por causa disso, tivessem peçonha e devessem estar fora das comemorações.
Votos! tout cours... Votos!
7 comentários:
Olá Joaquim !
Pois eu sobre o Dia da Liberdade fiz um post que alude a minha visão pessoal da liberdade que se urge fazer presente...
Quanto á renovação da classe politica pelos jovens, pessoalmente acho que, é sempre bom haver nesses jovens alguma referência politica e de cidadania participativa , até para não sermos governados por uma classe cujo conteúdo seja só Tecnocracia...dado que é necessário tambem alguma Utopia ...
Um Abraço Amigo
A memória é fundamental na preservação da integridade do futuro, não me canso de o pensar e de o dizer, até nas nossas vidinhas particulares.
Quanto ao seu post acerca do pai da florista, como percebe de muitos dos meus textos, a morte anda muito por mim, a saudade que impõe, a perda que parece ser avassaladora para se tornar memória, às vezes até doce. Enfim, deixo-lhe mais um bocadinho de Torga que, para além da fugacidade da vida nos deixa a certeza de que, sendo crianças, poderemos ter aí o nosso penhor de felicidade:
"Brinca enquanto souberes!
Tudo o que é bom e belo
Se desaprende...
A vida compra e vende
A perdição.
Alheado e feliz,
Brinca no mundo da imaginação,
Que nenhum outro mundo contradiz!
Brinca instintivamente
Como um bicho!
Fura os olhos do tempo,
E à volta do seu pasmo alvar
De cabra-cega tonta,
A saltar e a correr,
Desafronta
O adulto que hás-de ser!"
Se tudo fosse assim tão aparentemente simples...
É verdade, quanto à sua pista... Digo-lhe apenas que nos conhecemos pessoalmente. Penso que a imagem com que ficou de mim, dessas poucas vezes em que nos encontrámos, sendo ainda assim contextos relativamente formais, contrastará (ou talvez não) com este Baudolino introspectivo e mais grave. (Isto é apenas uma suposição minha...acho eu)
Olá Kim,
tinha 11 anos quando se deu a Revolução. Nesse dia fui para a esola mas voltei de seguida, nas ruas vivia-se a excitação aliada ao medo e á incerteza. Foi um dia feliz para muitos e para mim uma grande surpresa que vivi a cada passo com aminha familia toda reunida. Lembro-me muito bem!
O primeiro 1º de Maio foi o melhor de todos os que se seguiram até hoje e, em Portugal tudo parecia caminhar finalmente para um tempo de prosperidade e boa governação... pena é que tudo se tenha desmoronado e desfeito o efeito aos poucos e que hoje sejamos o que temos vindo a ser...
Sim que venham jovens ou ansião não importa mas que venham com a ideia de missão e governação duras mas construtivas pois agora quem vier tem muito mais trabalho pela frente e enfrentá-lo e combatê-lo e vencê-lo e trazer prospriedade e desenvolvimento sustentados não será tarefa fácil mas ainda fazivel.
1 beijo e 1 sorriso muito luminoso para ti não importa em que dia da semana ou em que comemoração :)
Lana
Meu amigo,
Te abandonei né??? Ainda bem que foi só aqui, apesar de vir, não comentei...
Mas retorno meu amigo, com um carinho, que sabes, é especial por ti.
Para mim a data importante de se comemorar aqui já passou...foi teu aniversário!!!!!!!
Deixo-te pérolas incandescentes de um carinho amigo, irmão.
Beijo-te .
Eärwen
09.05.07
Caro JPG
A sua intuição não lhe falta com nada. Infelizmente, neste país quem não partilha da doutrina do Estado sobre o 25 de Abril, é posto de lado e rotulado de fascista, daí o meu comentário anónimo.
Entretanto já passaram uns anos e já começa a poder falar-se abertamente sobre o assunto. Há arquivos a serem abertos, etc etc.
Houve muitas consequências negativas produzidas pelo 25 de Abril, para Portugal, quer no plano interno, quer no plano internacional. Mas não só para Portugal (só temos o q merecemos??), não foi dada hipótese de escolha às ex-colónias, tipo: "queres ser comunista ou comunista?".
Enfim, Portugal andou a brincar ao comunismo em pleno auge da guerra fria, com tudo o que isso acarreta.
A meu ver festejar-se-ia o 25 de Novembro, essa sim, a data da vitória das forças democráticas sobre a cúpula que (des)governou nos 2 anos a seguir ao 25 de Abril.
Pode facilmente responder-se a este breve comentário com: "pois mas aqueles que viéram a governar no PREC desvirtuaram a revolução bla bla". Não se deixe enganar!... Porque é que pensa que era difícil a primavera marcelista? Porque é que pensa que foi criada a PIDE e a sua acção intensificada? Porque é que não se conseguia negociar a paz para as colónias? Sabia-se bem que Portugal caíria na tentação comunista! Isto não desculpa que se governe em ditadura, mas percebe-se. Se ler sobre a história da Europa e de Portugal desde o fim da I GM e Implantação da República, tb vai perceber a ascensão dos regimes ditos "fortes". Mas vai ver também que, inversamente a Espanha, Portugal esteve sempre do lado dos aliados.
E parabéns pela sua ousadia em postar este artigo!
Caro anónimo.
É verdade que muitas tentações houve, ainda existem actualmente. Não só em Portugal, um pouco por todo o mundo. Quer regimes ditos "fortes" de direita, quer de esquerda. Pensemos, por exemplo, na ampla viragem à direita em França (mais recente), ou pelo contrário à esquerda em Espanha (mais que em Portugal).
As tentações empre existirão, principalmente se nas mãos de um se coloca demasiado poder. A América do Sul é hoje exemplo disso, independentemente do lado para que pende a balança política que não é cega como a da justiça.
Abraço
Enviar um comentário